domingo, 30 de agosto de 2009

Final de agosto












Dia magnífico, de luz dourada se espraiando pelo asfalto e pela copa das árvores. Acho que ontem houve uma vitória do futebol local, não tenho certeza. Receoso de chegar atrasado - como sempre -, não chego, e encontro João esperando perto dos coelhinhos e da multidão de crianças coloridas. Alguém chama alto e vejo, graças à miopia e à minha renitência em usar óculos, um vulto preto com a cabeça chamativa; é Bia, que por uma farta coincidência está por lá, juntamente com Patrícia e a pequena Ingrid, e que nos acompanha no zazen.


Sentamo-nos na beira do laguinho, acompanhados de um violão e uma roda de chimarrão. Logo nos primeiros minutos pequenos mosquitinhos começam a passear pelo meu rosto, fazendo turnos. Fecho os olhos quando eles chegam muito perto dos mesmos, o que eles fazem com frequência, talvez atraídos pela umidade? Uma picada no pé. Será o zazen todo assim? Aquela ânsia por se mexer e dar uma coçada aumenta; sinto uma coceirinha de apreensão na ponta dos dedos. Os circuitos da dor e da coceira não são os mesmos, em termos cerebrais.

Mas logo depois eles se vão, os mosquitinhos.

Levaremos repelente para quem o quiser, a partir da semana que vem.

Próximo domingo, então, estaremos por lá novamente, mesmo lugar e horário. Quem quiser, também, pode aproveitar e recolher as fibras fofinhas das paineiras para encher os zafus, que estão em floração, "sujando" o chão do parque - a depender do seu ponto de vista.

Adendo: Bia, depois de sua passagem pelo Daissen, e Patrícia, estão com um balcãozinho de sushis no Itacorubi, na locadorefilmes-e-um-pouco-de-tudo Sofá & Pipoca. Uma delícia, o temaki de salmão com molho tarê. Peça pela diquinha da casa. Elas também mandam avisar que zazeneiro de parque tem desconto - bem, se não disseram é bom que comecem a arranjar.

sábado, 22 de agosto de 2009

Zentados no parque

Quando o Buda estava vivo, ele apenas discursava sobre o Darma. Ele nunca ensinou sutras, ou deu mantras especiais, ou ensinou sobre recitar o seu nome. As pessoas ouviam suas falas e então retornavam às suas casas para meditar. Elas podiam sentar em meditação sob árvores ou por sobre rochas elevadas.

Mestre Zen Seung Sahn em A Bússola do Zen. p. 285.

Faremos o zazen - que não serve para nada - no parque.

No próximo domingo, dia 30 de agosto, quem quiser aparecer no Parque Ecológico do Córrego Grande - que fica no bairro Córrego Grande - para fazer zazen está mais do que convidado. A idéia inicial de data e horário - domingo, às 17:00 hs - está aberta para sugestões, relevando, contudo, o horário de funcionamento do mesmo (até às 19:00, fechado nas segundas-feiras).


Visualizar Parque Ecológico do Córrego Grande em um mapa maior

Leve seu zafu, cadeirinha, banquinho, pilha de livros, ou qualquer outra coisa que você utilize para o seu zazen de cada dia. Caso nada disso esteja disponível, damos um jeito na hora. Leve também uma toalha, ou lençol, ou mesmo zabuton, para sentar-se no chão. O resto é você quem manda. Lanchinhos são sempre bem-vindos.

Os interessados podem me encontrar no lago central do parque - o maior, não o que fica na entrada - por volta das 17:00 hs. É favor não chegar muito mais tarde do que isto. Haverá zazen, mesmo que ninguém apareça, mas peço aos retardatários que não interrompam a prática dos outros.

Não haverá zazen com tempo ruim - chuvas, ventanias, e especialmente raios. Algumas pessoas têm medo. :D

Até!