domingo, 28 de março de 2010

Caso você tenha aparecido no parque e não encontrou ninguém, deixe o seu recado - pode ser pelo mail, ou pelos comentários. Não estamos presentes, ultimamente, todos os finais de semana - mas pretendemos voltar com a frequência anunciada, seja ela qual for. Mudanças serão postadas aqui.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Ausência

Neste domingo, 06 de dezembro, não estarei no parque para o zazen.

Mas se eu fosse você, eu iria: o tempo está esquentando e os ânimos também. Semana passada teve um "batismo" de capoeira, uma meninada miúda dando uns pulinhos pra lá e pra cá.

Sempre que eu vejo que bateu as 5 da tarde e ninguém apareceu, eu me retiro para um lugar mais sossegado e menos visível - quando possível. O que significa praticamente todos os domingos.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Ausência


Quem aparecer mande lembranças à garça, minha fiel companheira.

garça imóvel
em uma perna: inveja!
tarde de primavera

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

...e você ainda diz que não sabia?

Nota para o pessoal de Goiânia, que também começaram a prática de meditação em um parque local; dê uma conferida no blogue deles. Aqui não temos cerrado, e nossa mata atlântica está mais para atlântida (no sentido mitológico).

A idéia do zazen no parque também não surgiu ex nihilo. O pessoal de São Paulo, Koun san, para ser mais exato - e se estiver esquecendo de alguém, avisem-me! - fazem prática de zazen no parque e também no hospital, além do zazen no alto do edifício Copan [foto ao lado], o clássico de Niemeyer que copiou, evidentemente, do nosso Ceisa Center local (é Floripa direto para o mundo!). :D

Aqui em Florianópolis, durante algum tempo um ou dois anos atrás, foi feito zazen com um grupo de detentos da penitênciária masculina de Florianópolis, obra de Sodō e Jōshin, com as dificuldades que isto acarreta.

Enfim, procure e encontrarás: há, em um crescendo cada vez maior, mais e mais grupos de meditação de vários tipos ocorrendo. No blogue do monge Genshō há diversos textos que tocam em um projeto que ele tem levado adiante, o da montagem de grupos de prática, em lugares onde uma comunidade ou um professor não estão disponíveis, que utilizam as novas formas de troca de informação e comunicação para facilitar o contato. Não se trata, exatamente, de "sanghas (comunidades budistas) virtuais", que eu considero impraticáveis e insossas - com quem você vai ficar irritado por não usar desodorante? qual opinião do professor você não vai gostar hoje? -, mas sim de grupos de prática montados por interessados que, pela distância, não poderiam praticar perto de um professor do dharma.

E o zazen no parque continua, com o calor também em crescendo, o sol brilhando mais forte e os mosquitinhos cada vez mais alegres e atrevidos.

Se, por qualquer motivo, você tem interesse em fazer zazen no parque mas o horário é incômodo, não permite, ou quer sugerir qualquer outro horário ou lugar, de duas uma: ou você pode ir fazer o zazen sozinho, que você sempre pôde e nunca fez por desconhecimento ou vergonha, ou pode mandar uma mensagem para lucasseigaku@gmail.com.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Aviso

Neste próximo domingo (18/10), apesar do retiro de prática (sesshin) que o pessoal da CZBF fará, o zazen no parque acontecerá normalmente.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Começo de primavera


Os mais observadores podem ter deduzido, pela foto, que Michel Seikan deu as caras pelo parque no domingo, e vocês têm razão. Nada que um bom olhar e, certamente, uma boa câmera não possam fazer, como pode ser conferido no álbum de fotos improvisado do Zazen no Parque e no total dos álbuns da CZBF que contam, em sua maioria, de fotos dele.

O dia de sol brilhante rapidamente deu vez ao crepúsculo, e o frio desceu do céu claro, sem nuvens. Desta feita nem os mosquitinhos ousaram aparecer. Sentei-me em zazen ao som de New York, New York que uma bandinha - praticamente de sopro - tocava animadamente. Animados também estavam os passantes, e o som da banda e as palmas das pessoas me colocaram rapidamente em ritmo de quermesse.

Michel Seikan também é graduando em gestão ambiental e aproveitamos, depois do zazen - ao qual ele chegou atrasado, menos 10 no seu dharma score - para conversar um pouco sobre o parque. Diz ele que este parque ecológico, na verdade, tem menos de 30 anos em sua vegetação, e não é mata atlântica nativa; fez parte de um projeto de reflorestamento relativamente recente, porém mais velho do que eu.

Quem mora em Florianópolis talvez relembre da triste notícia pela qual o parque ficou mais lembrado: a queda de um eucalipto em cima de pai e filho, em um dia de ventania forte, em 1994. Depois disto o parque ficou praticamente abandonado durante sete anos, sendo reaberto somente em 2001. Atualmente o número de pessoas - adultos e crianças, pais e filhos, casais de namorados, adolescentes barulhentos - que visita o parque nos domingos mostra que tal tragédia é apenas uma lembrança, cada vez menos nítida.

(A probabilidade de um eucalipto cair em cima da sua cabeça, caro leitor, é muito pequena. E, para tranquilizar ainda mais, o dharma score nom ecziste: é melhor que você chegue na hora, mas se chegar com atraso somente sente-se ao meu lado.)

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

"Mente do Despertar"


Fulano, um amigo que começou a praticar zazen recentemente, com empolgação, perguntou-me sobre qual seria meu objetivo, ou o objetivo da CZBF, em fazer o zazen no parque.

A minha resposta foi "objetivo nenhum", mas não foi propositalmente uma "resposta zen", nem tampouco uma maneira enigmática de deixá-lo pensando sobre o zazen que não serve para nada. Foi somente uma forma de dizer: "a sua pergunta não se aplica, pois não se trata de objetivos".

É mais uma questão de motivação. Eu poderia rascunhar, certamente, alguns objetivos desta prática: as pessoas se familiarizando com alguém sentado em zazen, chamar a atenção, fazer propaganda da CZBF, mostrar às crianças que zazen não é estar morto ou perneta, e assim vai. Até pensei em sentar com uma plaquinha de papelão ao lado, com um slogan como "zazen é bom pra você", ou qualquer coisa, a la Deshimaru rōshi, como me contaram recentemente. Quem sabe.

(Sicrano, outro amigo, questionou: "não é você que diz que o zazen é bom para nada? Como pode botar uma plaquinha dizendo 'zazen é bom pra você'? É contraditório." Ora bolas, estou cercado de pessoas perguntadeiras :D E quem disse que o zazen não serve para nada foi Kōdō Sawaki rōshi, eu sou apenas um papagaio.)

A motivação, contudo, não necessita de explicitar um ou mais objetivos. É evidente que algumas pessoas podem sentir vontade de fazer zazen simplesmente vendo outra pessoa; não se pode menosprezar isto. No último domingo, sentado sozinho, ao me levantar ao término do zazen vejo uma senhorita sentada no banco, uns 10 metros ao lado, aparentemente meditando ou relaxando depois do seu cúper.

Além do mais, o parque é delicioso, com ou sem mosquitinhos. Ornitólogos ou amantes de passarinhos são especialmente convidados.